E na noite,
Em que ela se entrega,
O vento uiva,
Arde o desejo,
Queima suas entranhas.
Não distante dali,
Outro queima,
Teima e tem medo,
Não querendo mais viver.
Se o destino ingrato,
Semeou esta loucura,
De tempos imemoriáveis,
Quem de nós será livre?
Coitado dos amantes,
Tragados pelo tempo
Em que não cumpriram,
Seus desejos!
Deliram agora, sem saber
O que o que neles ficou impregnado,
Pelo passado sombrio,
De amores aterrorizados,
De quem nunca sentiu.
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