domingo, 12 de abril de 2015

Desapega

Se um dia fostes meu sol,
Hoje não o és,
Desapega!
O teu dizer é contramão
Do meu viver,
E o meu viver,
É a rua do bem querer.

Se um dia te deixei marcas,
Desapega!
As digitais viraram pó,
E o vento e a chuva,
Contribuíram.

Se teu eu é nobre e verdadeiro,
Desapega!
Eu já te deixei ir,
E  deixei o amor que sentia,
Numa antiga esquina.

A esquina da rua sem saída,
Numa casa de tijolos a vista,
Bonita e estilosa,
Gramado bem verde,
Com você em frente.

E o meu silencio foi junto,
Desapeguei de tudo,
Porque foi o que restou,
Desse amor que nunca gerou.

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