LABIRINTO DO TEU OLHAR

NO LABIRINTO DO AMOR,
FECHAM-SE PORTAS,
TRANCAM-SE AS JANELAS,
E NO ESCURO NÃO HÁ DIREÇÃO,
NÃO HÁ DIREÇÃO,
TATEA-SE O CHÃO,
TUDO AO REDOR,
BUSCA-SE UMA FAÍSCA DE LUZ,
QUE NÃO ACENDE,
TROPEÇAMOS EM OBJETOS,
CAÍMOS NO CHÃO,
E A LUZ DO AMOR SE ESVAZIA,
ENQUANTO A MENTE AINDA SOBREVIVE,
PARECE UM FIM INTERMINÁVEL,
HÁ QUEM POSSA ABRIR APENAS UMA JANELA?
O VENTO LÁ FORA SOPRA,
E EU AQUI DENTRO O SINTO,
FRIO E UIVANTE A RIR DA MINHA SOLIDÃO,
ESPERO A MANHÂ,
O SOL DEIXA O LABIRINTO ALEGRE,
O SOL IRRADIA FAÍSCAS,
EU AQUI DENTRO SINTO SEU CALOR,
EMBORA NÃO O SINTA INTENSAMENTE,
ELE VIBRA EM MEU CORAÇÃO,
E ENTÃO O LABIRINTO CLAREIA,
SINTO UM AMOR GENUÍNO,
CAMINHO EM DIREÇÃO A JANELA,
É MINHA OPÇÃO,
ABRO E PERCEBO,
NÃO ERA O SOL A ILUMINAR,
ERAM TEUS OLHOS ARDENTES,
SEDENTOS A ME PROCURAR,
PORQUE ME ESCONDES EM TEU LABIRINTO?
SE AINDA DESEJO TE AMAR?
TEUS OLHOS DISTANTES ME PERSEGUEM,
E EU AINDA OS QUERO DENTRO DE MIM,
ENTÃO VOLTO PARA O LABIRINTO,
FICO LÁ ESPERANDO SEU OLHAR RETORNAR,
PORQUE EU SEI QUE LÁ AINDA,
NOSSO AMOR SOBREVIVERÁ.