sábado, 3 de janeiro de 2015

Nos confins do amor...

Não tão distante da realidade,
O amor vivia...
Ele era um sentimento nobre,
porque entre tantas outras qualidades e defeitos,
um reino existia,
era amado por uns ,
ambicionados por outros,
e  indiferentes pela  maioria,
que preferiam viver sem nada a temer,
Certo dia o  amor resolveu sair de casa,
fugida e tentada pela ambição,
deixou-se levar em vão.
O reino do amor foi a loucura,
mas  a vida disse baixinho:
-Como alguém de fato poderá conhecer o mundo,
se não se arriscar?
O amor conheceu todas as qualidades do seu reino,
desde a lealdade,
a bondade,
que lhe acompanhavam no caminho...
Então ao se aproximar do reino das trevas e maldades,
o amor foi advertido pela razão,
 de que deveria voltar para não machucar seu coração.
O amor disse sorridente:
-Se existem mais formas de vida,
também quero conhecer,
mesmo que eu não volte mais a ser,
o que na essência eu realmente deveria ter,
nasci para o bem,
mas desconheço a verdade de tudo...
e entrou no reino da inverdade,
deu da cara com  a inveja que desvairada,
lhe desejou a infelicidade,
que de mãos dadas com a hipocrisia,
fez nela morada,
e assim outros defeitos menos gorazes,
puseram-se a devorá-la lentamente,
alimentando sua alma de vaidades,
mesmo assim ela mante-se firme,
até que a morte lhe mostrou o caminho,
um fim para sua dor,
o amor fez um sinal de não... e aquietou-se,
percebeu que de tanta maldade,
ainda existia a felicidade,
companheira inseparável,
buscou então nela suas forças,
chorou as lágrimas da ternura,
e num cantinho perdido da floresta negra,
encontrou a paz divagando sozinha,
também inconformada com tanta mediocridade,
veio a todos se misturar,
mas o ódio seu inimigo maior a conturbava constantemente,
quando o amor fitou os olhos no ódio,
o coração bateu desesperado,
era seu espelho,
sintonia de seu coração,
ela então com carinho lhe tocou,
sem deixar-se levar,
 e o ódio começou a desconfiar,
como alguém poderia lhe afrontar,
nem sequer a inveja seu grande amor no passado,
conseguira lhe dominar,
mas o amor que tanto amar,
despertou no ódio um sentimento,
viu-se a beira da morte afinal,
porque de  tanto amar  deixou-se morrer,
para enfim não mais sofrer,
dizem que o ódio ainda existe,
nos coração de quem não ama,
apenas engana,
mas o amor morre todos os dias,
quando renegado,
prefere doar-se para ser lembrado.


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